Resenha por: Renato Sanson
Falar de Iced Earth e
sua qualidade é chover no molhado, pois é inegável a qualidade do grupo americano, que ano após ano sempre lançam materiais de muita relevância.
E não seria diferente
em seu novo disco, “Plagues of Babylon” (que chega ao mercado nacional via
Shinigami Records) o 12° da carreira, e o segundo com o novo vocalista Stu
Block.
O que temos em mão é
simplesmente um dos melhores discos de 2014, sem exageros, mas entra fácil
entre os melhores da banda.
As composições
apresentadas são fantásticas, aquele misto de Metal Tradicional, Thrash e um
clima épico arrebatador. Certamente um dos destaques do disco é Stu, que se
mostra mais imponente e com vocalizações mais graves, mostrando todo seu potencial
e senso de interpretação.
Mas o carro chefe do
Iced sempre serão as guitarras, e nesse quesito o chefão Jon Shaffer dispensa
qualquer comentário, pois consegue manter a identidade sonora do grupo intacta,
e soa ao mesmo tempo criativo e abrasivo.
“Plagues of Babylon”
também marca a participação especial de vários músicos, mas destaco seu fiel
companheiro de Demons & Wizards Hansi Kürsch (Blind Guardian) que participa
em diversas faixas e um dos melhores (se não o melhor) vocalistas da atualidade,
o genial Russel Allen.
A produção do disco
nem precisa ser comentada, pois Shaffer assina as produções do Iced já faz
algum tempo, e sempre fez um trabalho perfeito, e no novo álbum não seria
diferente, desta vez contando com ajuda de Kevin Paul na mixagem e Sascha
"Busy" Bühren na masterização.
Em termos gráficos
temos o eterno Setiano na capa (mascote da banda), em um trabalho magnífico do
artista Eliran Kantor.
Bom, vamos ao que
interessa o conteúdo musical do trabalho, e ai a coisa fica melhor ainda, pois
se trata de um disco homogêneo, sendo complicado citar destaques, mas deixo
aqui as que de alguma forma me emocionaram: “Plagues of Babylon” (épica,
pesada e com guitarras ganchudas), “Democide” (um verdadeiro pataço no crânio,
riffs inspirados e andamento agressivo), “The Culling” (show a parte de Stu,
soando mais arrastada e melancólica) e “The End” (arranjos geniais e energia
pulsante).
Enfim, fica difícil citar
tais destaques em um disco que deve ser ouvido na íntegra, pois todas as faixas
mantém o mesmo nível e cada uma tem sua particularidade emocional.
Ressalto a bela versão
de “Highwayman” de Jimmy Webb, que conta com os vocais de Shaffer, Allen e Michael
Poulsen (Volbeat), com uma roupagem mais pesada e com muito bom gosto nos
arranjos.
O que posso dizer é:
APROVEITEM a versão nacional, pois está muito caprichada!
Conheça mais a banda:
Tracklist:
01 Plagues of Babylon
02 Democide
03 The Culling
04 Among the Living Dead
05 Resistance
06 The End?
07 If I Could See You
08 Cthulhu
09 Peacemaker
10 Parasite
11 Spirit of the Times
12 Highwayman
13 Outro
Formação:
Jon Schaffer (Guitarra/Backing Vocal)
Stu Block (Vocal)
Troy Seele (Guitarra)
Luke Appleton (Baixo)
*Baterias gravadas por
Raphael Saini
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