Entrevista por: Renato Sanson
Heavy And Hell: Vocês estão na ativa desde 2002, mas só agora lançaram seu disco de estreia, o excelente “Confinement”. Conte-nos um pouco mais da história da banda até chegar a seu full lenght.
Heavy And Hell: Vocês estão na ativa desde 2002, mas só agora lançaram seu disco de estreia, o excelente “Confinement”. Conte-nos um pouco mais da história da banda até chegar a seu full lenght.
Matthew: Nós começamos na cidade de Ribeirão Pires no
ABC sempre fazendo músicas próprias e tocando com amigos próximos que aos
poucos tomaram seus próprios caminhos e saíram da banda, mas mantemos contato
com eles, pois são nossos amigos e alguns ainda encontramos todo fim de semana!
Tocávamos muito aqui na região do ABC, porém sempre no underground, pois não
tínhamos a estrutura que temos atualmente. Em 2004 gravamos nossa primeira demo
chamada “Mouth of Madness” e a intenção era lançar um álbum completo, o que
felizmente não aconteceu naquela época (risos). Precisávamos amadurecer mais
como músicos, por isso o lançamento do álbum se deu somente agora. Tivemos
também um período de inatividade devido à troca de integrantes, o que
atualmente está mais que resolvido e considero esta a formação clássica da
banda!
HAH: O Death Metal Melódico ainda
não é uma realidade no Brasil, mas ao ouvir “Confinement” vemos que a banda
está disposta a marcar seu nome no estilo. Como vocês enxergam esta questão do
pouco destaque ao Death Melódico no Brasil?
Elder: Eu particularmente não defino nosso som como
Death Melódico, mas sim, temos influências desse estilo. Da formação original
sobraram somente eu e o Matt, porém nos primeiros anos da banda tivemos a
presença de vários integrantes e como era uma briga para definirmos um estilo
acabamos mesclando tudo que cada um gostava para tentar agradar o máximo
possível a todos, o que nos deu essa personalidade própria no nosso som. Eu sou
muito fã do Metal alemão, especialmente bandas como Rage, Grave Digger, Running
Wild e Blind Guardian, e trago isso para nosso som, assim como as influências
de cada integrante que passou e que está atualmente na banda. No Brasil esse
estilo nunca foi tão popular e creio que nos rotular assim é normal pelo estilo
de vocal e por algumas partes de guitarras e bateria que remetem ao mesmo, mas
particularmente vejo nossa música como uma mistura de vários estilos com a base
do Power Metal.
HAH: Em relação a shows, como está sendo? Pois ainda vivemos um certo recesso quando se fala em bandas undergrounds, pois poucas recebem bons convites.
HAH: Em relação a shows, como está sendo? Pois ainda vivemos um certo recesso quando se fala em bandas undergrounds, pois poucas recebem bons convites.
Elder: Essa questão é realmente difícil. Vejo muitas
bandas cover por aí nos bares, pois infelizmente na maioria dos casos elas
trazem mais público que bandas de som próprio e os donos de bares querem
faturar, então eventos underground ficam mais restritos, embora o bom de bandas
de som próprio que vem ocorrendo nos últimos anos tenha fortalecido mais a
cena. Temos alguns shows marcados e estamos procurando tocar em todo lugar
possível, porém o que precisaria ser feito é um apoio geral de todos, seja das
bandas, do público, dos donos de bares, não importa. Falta entendimento de que
se nos unirmos todos ganham! Sou bastante otimista e creio que a estrutura na
cena underground está melhorando aos poucos e se profissionalizando, porém se
nos ajudarmos este processo será bem mais rápido!
HAH: Um dos pontos altos de
“Confinement” são as participações especiais, como surgiu está ideia? E teria
algum convidado que ficou de fora do disco?
Matthew: A maioria das participações vieram de ideias
do Marcel, nosso vocalista, pois queríamos celebrar nossas músicas com nossos
amigos e esse foi um modo de termos todos juntos de alguma forma! Acho que cada
um gostaria de ter chamado algum outro amigo para participar, porém seria
impossível pelos recursos que tínhamos nas gravações e pela disponibilidade de
todos.
HAH: Como está sendo na visão de
vocês a repercussão do álbum? Está atingindo o que a banda esperava?
Elder: Estamos gostando bastante da repercussão! As
resenhas feitas até agora estão evidenciando realmente o que queríamos atingir
com nosso som que é ter uma identidade própria e fazer algo diferente do que
vem sendo feito por aí. Ainda estamos em plena divulgação e esperamos que continue
assim!
HAH: Hoje em dia vivemos uma onda
virtual assombrosa, que a cada dia tira o espaço dos discos físicos. O que
levou vocês lançarem “Confinement” em formato físico? Pois hoje a facilidade de
lançar em MP3 é uma realidade.
Confira nossa resenha aqui. |
Elder: Ao meu ver as pessoas ainda compram CDs das
bandas que realmente gostam pois elas querem ter o encarte, ver fotos, etc. O
CD físico traz uma interação diferente do artista com o fã, diferente do MP3
que é uma ótima ferramenta para levar o som da banda à todos os cantos do mundo
instantaneamente. Você não pode realizar uma sessão de autógrafos somente com
MP3.
Matthew: O CD físico hoje em dia também funciona como
o cartão de visita das bandas. Bandas com CD gravado e prensado são mais bem
vistas e respeitadas. Infelizmente isso é uma realidade.
HAH: Vocês acham que a internet
afastou o público dos shows? Ou isso se deve a falta de experiência e vivência
de alguns produtores?
Matthew: Vejo a questão de termos menos público nos
shows de bandas nacionais mais como falta de estrutura das casas de show e
bares. Muitos deles não têm a mínima estrutura para uma banda tocar e o som
muitas vezes não sai bom, o que faz com que as pessoas se desinteressem em ir
aos shows. Creio que aqui no Brasil ainda há a mentalidade do que é nacional
não vale tanto quanto o que vem de fora, o que é extremamente errado! Temos
muitas bandas boas aqui no Brasil, porém falta mais investimento por parte das
casas de shows e experiência dos produtores e menos jeitinho brasileiro nisso
tudo, pois muitos se aproveitam para faturar em cima das bandas que acabam sem
receber o mínimo para se profissionalizarem. A internet afasta sim fisicamente
as pessoas, mas ajuda na divulgação das bandas, o que é ótimo! Basta elas saírem
de suas cadeiras e curtir os vários shows que acontecem em nosso país
diariamente!
HAH: Para este segundo semestre o
que podemos esperar do In Soulitary?
Conheça mais a banda:
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