Entrevista por: Renato Sanson
Confira nossa exclusiva com a
nova revelação do Heavy Metal nacional, o Higher! Banda formada por músicos vindos
do Jazz. Batemos um papo com o guitarrista Gustavo Scarnelo, leia agora mesmo:
Heavy And Hell: O Higher é uma banda relativamente nova, que conta com
músicos com bastante experiência, mas não no segmento Metal, mas sim no Jazz.
Como se deu o início da banda?
HAH: Como foi o processo de composição do disco de estreia “Higher”?
Tiveram alguma dificuldade devido às outras influencias musicais?
Gustavo: O processo se deu, a princípio, rearranjando algumas
composições da época do projeto anterior, mas a maioria do disco é feito de
composições recentes. Todas as letras
foram compostas nessa nova fase, após definirmos o conceito com o qual a banda
trabalharia.
As nossas influências todas estão
presentes de forma muito sutil, acredito, invadiram o processo sem
descaracterizar nossa intenção, que sempre foi compor sem considerar outro
gênero que não seja o metal. Mas é
claro que essas influências acabam aparecendo, e, por fim,
acho que ajudaram a trazer, de certa forma, alguma identidade ao trabalho.
HAH: De fato “Higher” foi muito bem aceito pela mídia especializada,
foi uma surpresa para vocês essa receptividade?
Gustavo: Foi, sobretudo, uma alegria imensa! Surpreendeu-nos
também, mas especialmente por conta dos mais distintos comentários. Li muitas
opiniões positivas e muitas
vezes bastante distintas, e isso nos levou a ver o trabalho de muitas formas
diferentes. É muito legal reler o seu trabalho com os óculos do outro. Acho que
essa foi a grande surpresa, encontrar tantos pontos de vista distintos e ao
mesmo tempo positivos.
HAH: O que impressiona na sonoridade do Higher é a vitalidade e feeling
apresentado, chegando a um Heavy Metal Tradicional de alto nível. Como foi
moldar o som da banda, esse era o ponto que vocês queriam chegar?
Gustavo: Fico extremamente feliz em ouvir isso! Acredito que, por
atuarmos em outros gêneros, como o
jazz , a nossa relação com o metal se dá
principalmente com o que ele tem de único, que é essa vitalidade, essa coisa
vibrante, e tentamos não abrir mão disso em nenhum momento. Fico muito
satisfeito que tenha citado essa característica, isso nos ajuda a entender
quais propósitos conseguimos cumprir com o disco.
HAH: “Lie” é o primeiro clipe do disco, como foi à produção do mesmo?
Existe planos para outros vídeos?
Gustavo: A gravação do clipe de “Lie” foi muito empolgante. O André
Crysóstomo, produtor do vídeo, tem um olhar muito especial sobre as cenas e
conseguiu extrair bons momentos de todos nós. Mesmo se tratando de uma produção bastante
simples, gostei muito dos resultados, voltei pra casa com dores no corpo todo,
não que tenha me esforçado demais, mas, por ter me envolvido demais, acabei não
percebendo o quanto eu me desgastei na gravação (risos). Estamos planejando a
gravação de, pelo menos, mais um clipe desse primeiro disco com o mesmo
produtor. A música ainda será escolhida.
HAH: Para finalizar gostaria que nos falassem sobre usas influencias e
planos futuros. E muito obrigado pela entrevista.
Gustavo: Bom, quanto às minhas influências, acredito que sejam
extremamente amplas. Eu corriqueiramente ouço um disco como o Symbolic, do
Death, e vou para uma sinfonia do Brahms ou Mahler, que são compositores que eu
gosto demais, e depois para um disco do Coltrane ou Guinga, compositor
brasileiro surpreendente, e termino a sessão com um disco do Decapitated,
enfim, sem muito pensar em gênero, mas em música! Os próximos passos do Higher
incluem a produção
do novo videoclipe, o início da produção de um novo disco e, sobretudo, muito
palco! Queremos tocar, e estamos trabalhando em nossa agenda, que pode ser
conferida em nosso site (www.higherband.com). Agradeço a oportunidade de falar
sobre o projeto, o interesse de vocês em nosso trabalho e cada um que nos lê
agora.
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