Entrevista por: Renato Sanson
Uma promessa, que passou a realidade. Esse é o baixista Bruno Ladislau
(Andre Matos) que a cada ano que passa conquista seu espaço de forma
contundente e precisa. Batemos um papo com o baixista que nos fala de sua carreira,
Andre Matos e muito mais, confira:
Heavy And Hell: Bruno é uma satisfação poder entrevistá-lo. Gostaria
que você falasse um pouco de sua carreira, formação como professor, o
envolvimento com produção e gravações...
Bruno: Atuo como músico profissional desde 2001. Faço parte da
banda Andre Matos desde 2010. Trabalho como sideman para gravações e componho
trilhas no meu estúdio, o Liberty Studio, onde também dou aulas particulares
(presenciais e por internet). Sou professor desde 2002. Faço parte do time de
educadores do Conservatório Musical Souza Lima desde 2008 e agora também da
Yamaha Music School. Durante esses anos já toquei com Tim Ripper Owens, Vinnie
Moore, Aquiles Priester, Maurício Leite, Mello Jr., Rafael Bittencourt, Denison
Fernandes, Tiago de Moura, Nei Medeiros, João Millet. Toquei nas bandas Aclla e
Eterna, fiz trilhas para o SBT e atuei como sideman gravando diversos estilos
musicais.
HAH: Você integra a banda de Andre Matos desde 2010, como é fazer parte
deste time que acompanha a maior voz do Metal nacional?
Bruno: Além da responsabilidade é um prazer tocar ao lado de
músicos que acompanho desde a minha adolescência. Sinto- me realizado de ter
gravado o "The Turn of the Lights" e ter feito muitos shows ao lado
da banda. Acredito que cresci muito como músico.
HAH: Recentemente a banda Andre Matos encerrou a segunda tour de
comemoração de 20 anoѕ do dіѕco “Angelѕ Cry” do Angra. Como é para você eѕtar
tocando eѕte cláѕѕіco na іntegra? E qual іnfluencіa o “Angelѕ Cry” tem em ѕua
formação muѕіcal?
Bruno: Foi muito legal tocar esse álbum na íntegra, até porque ouvi
muito na adolescência e considero um dos melhores álbuns do estilo. Foi um
grande desafio!
HAH: Conte-nos de seu trabalho como siderman entre os anos de 2006 e
2009.
Bruno: Nesse período fiz muitas coisas e a maioria delas não
estavam ligadas ao Heavy Metal. Toquei pop, música instrumental brasileira,
jazz, funk, compus trilhas e com certeza toda essa vivência me fez enxergar a
música de forma diferente. Deixei de ser um "metaleiro" e me tornei
"músico que toca metal", o que é completamente diferente, pois você
passa ver a música de uma maneira mais abrangente e com muito mais referências
e possibilidades.
HAH: Recentemente você participou do primeiro disco solo do baterista
Aquiles Priester. Como surgiu o convite? E em relação ao trabalho ficou satisfeito
com o resultado final?
Bruno: Quem me ajudou nessa ponte foi mais uma vez o Eloy. O
convite surgiu em 2013 quando estávamos na NAAM, em Los Angeles. O Aquiles me
mostrou algumas músicas do projeto e me convidou para participar. Logo de cara aceitei!
Sempre admirei o trabalho do Aquiles e do Gustavo. Fiquei muito satisfeito com
o resultado! Gravei os baixos no meu estúdio o que me deu total liberdade de
conseguir o timbre que gosto. Hoje em dia com o acesso a informação e a
tecnologia, está bem mais fácil buscar a sua identidade sonora. Além disso o
trabalho foi mixado pelo Adair Daufenbach, um dos melhores profissionais desse
estilo.
HAH: Não é de hoje que você é considerado um dos melhores baixistas do
Brasil. Pra você como é receber essa critica positiva? E no Brasil quais os
baixistas que você acompanha?
Bruno: Fico muito feliz com o reconhecimento do público e da mídia.
Sempre trabalhei sério, focado em fazer o meu melhor sempre superando meus
limites. Saber que você faz um trabalho contundente, que agrada e inspira as
pessoas vale mais que qualquer coisa. Acompanho a carreira dos profissionais
que fazem um trabalho sério e que me inspirem a continuar me aprimorando.
HAH: Bruno gostaria de agradecer mais uma vez pela entrevista e deixo o
espaço final a você. Obrigado!
Bruno: Eu que agradeço pela oportunidade da entrevista. Obrigado a
todos os meus amigos que me fazem ser um músico e ser humano cada dia melhor. Muito
obrigado a todos que apoiam e acompanham meu trabalho. Vocês são essenciais.
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