Resenha - Banda: Distraught - Álbum: Locked Forever (2015 - Voice Music)

Resenha por: Renato Sanson


Mantendo uma sequência de bons lançamentos (desde “Behind the Veil” – 04) o Distraught chega ao seu 6° lançamento neste ano de 2015, trazendo aos nossos ouvidos o ótimo “Locked Forever”.

Um disco forte e enérgico, que prima pelas melodias, onde se torna difícil rotula-los como uma banda de Thrash Metal, pois os elementos vão além disso, transformando o som dos gaúchos em um Heavy Metal moderno, agressivo e porque não acessível.

A temática em volta de “Locked Forever” é em cima do livro Holocausto Brasileiro, que retrata a história do hospital psiquiátrico Colônia, onde foram registradas mais de 50 mil mortes, e o Distraught traz em suas letras o quanto o ser humano gosta de desumanizar, em um apanhado histórico marcado pela insanidade e crueldade humana.

O álbum também apresenta o novo baterista do grupo, com a saída de Dio Britto, foi recrutado para o seu lugar nada mais nada menos que a lenda Mauricio Weimar (Nephasth, The Orther).


Musicalmente “Locked Forever” dá um passo a mais em relação ao trabalho anterior (“The Human Negligence is Repugnant” – 12), se assemelhando ao melhor disco da banda em minha opinião, “Unnatural Dysplay Of Art” (09). Os riffs criados por Ricardo e Everton soam mortais e consistentes, assim como os solos que preenchem muito bem as composições além das boas doses melódicas. A cozinha comandada por Nelson e Weimar soa abrasiva e técnica, e com ótima variação. Já os vocais de Meyer estão mais acessíveis, mas não menos urrados, transbordando boa agressividade em cada faixa.

O trabalho conta com algumas participações especiais, como do baterista Eduardo Baldo (Hibria) tocando na faixa “Dehumanized” (que soa mais cadenciada e pesada), do guitarrista Ezequiel (Witchour) que ajudou a compor e solou na música “Brazilian Holocaust” (um dos grandes destaques do álbum) e de Estevan Prieto tocando Harmônica em “The Last Trip”.

A faixa de abertura “Between The Walls of Colônia” certamente é uma das melhores composições já criadas pela banda, seja pela agressividade ou sua intensidade, certamente não saíra mais do setilist do grupo, pois de fato é bem convidativa ao circle pit; “Lost” mantem a pegada agressiva com destaque as guitarras; Já a faixa que leva o nome do álbum soa mais acessível e com ótimas melodias; Como citato anteriormente “Brazilian Holocaust” é um dos grandes destaques do trabalho, com ressalva especial ao entrosamento de Weimar e Nelson.

A produção do álbum ficou a cargo de Renato Osorio (Hibria), tendo sua mixagem feita por Benhur Lima (Hibria) e a masterização cuidada pela lenda Adair Daufembach, deixando o som bem moderno e na cara, mas não perdendo o peso. Já a parte gráfica foi concebida pelo renomado Marcelo Vasco.

“Locked Forever” vem para consolidar o bom momento que o Distraught vive nos últimos anos, e traz um disco revigorado que pode ser considerado o melhor ou um dos melhores de sua carreira.


ASSISTA AGORA MESMO O VIDEOCLIPE DE "LOCKED FOREVER": 




Links de acesso:


Formação:
André Meyer – Vocal
Ricardo Silveira – Guitarra
Everton Acosta – Guitarra
Nelson Casagrande – Baixo
Maurício Weimar – Bateria

Tracklist:
1. Between The Walls of Colônia
2. Lost
3. Locked Forever
4. Dehumanized
5. Brazilian Holocaust
6. Shortcut to Escape
7. Blacktrade
8. The Blind Vision of the Enemy

9. The Last Trip

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