Resenha por: Renato Sanson
Uma sonoridade diferente e porque
não inovadora. Assim descrevo o que os italianos do Fleshgod Apocalypse veem
criando nesses últimos anos, que muitos batizaram de Symphonic Technical Death
Metal.
Admito que não é uma sonoridade
que me agrada tanto, mas é inegável a grandeza que transborda, e nesse seu novo
lançamento (o 4° da carreira) intitulado apenas de “King”, temos toda a gama
sonora que o Fleshgod Apocalypse proporciona, mas de forma ainda mais pomposa e
sinfônica.
Os entrelaces com música clássica
e orquestrações “cinematográficas” deixaram “King” em um patamar acima do que
vem sendo criado no Metal Extremo, ainda mais se pegarmos toda estrutura musical
que soa complexa e com uma gama infinita de influencias. Um ponto que se
destaca, mas que soa com certa estranheza aos desavisados, são as mesclas
vocais entre o gutural e o limpo, que aparecem por diversas vezes no disco, mas
que se acompanhado com atenção, é possível notar que se encaixa perfeitamente a
proposta. Falando assim você deve imaginar algo parecido com Dimmu Borgir,
Septicflesh, Borknagar e etc... Mas não se engane, mesmo utilizando elementos
que já não são mais novidades nesse meio, o Fleshgod Apocalypse vai além e de
fato reinventa o que chamamos de Metal Extremo.
A parte lírica do álbum também
chama atenção, já que se trata de um trabalho conceitual, em volta de um
reinado, onde mostra o lado mais obscuro e cruel da humanidade, mostrando que o
mundo acabará por nossas próprias mãos, assim como o reinado citado em “King”.
A parte gráfica criada pelo artista Eliran Kantor é de encher os olhos, rica em
detalhes de um “Rei” controlado por sua ganancia e ambição.
Um ponto que cito como negativo é
a produção feita por Jens Bogren, que mesmo limpa e grandiosa, soa comprimida
demais, se o som fosse mais na cara acredito que “King” poderia ser ainda mais
impactante.
Ainda é difícil para mim dizer se
gosto ou não da banda, mas uma coisa é certa, surpreende até o fã mais cascudo
do Metal Extremo.
Links de acesso:
Formação:
Tommaso Riccardi (Vocal/Guitarra)
Cristiano Trionfera (Guitarra/Backing Vocal/Orquestrações)
Francesco Ferrini (Piano/Orquestrações)
Paolo Rossi (Baixo/Vocais Limpos)
Francesco Paoli (Bateria/Guitarra/Backing Vocals)
Tracklist:
1. Marche Royale (instrumental)
2. In Aeternum
3. Healing Through War
4. The Fool
5. Cold as Perfection
6. Mitra
7. Paramour (Die Leidenschaft bringt Leiden)
8. And the Vulture Beholds
9. Gravity
10. A Million Deaths
11. Syphilis
12. King (instrumental)
Melhor. Do ano
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