Resenha - Banda: Rage - Álbum: The Devil Strikes Again (2016 - Shinigami Records/Nuclear Blast)

Resenha por: Maykon Kjellin 
Revisão/edição: Renato Sanson



A Alemanha ainda tem muito a nos apresentar, quando o quesito é Heavy Metal. O power trio alemão do Rage, banda existente a mais de trinta anos, tendo seu frontman Peavy Wagner, como o único membro remanescente e com uma longa lista de ex-integrantes, para ser mais exato são treze músicos que já passaram pelo Rage.

Não estamos falando de qualquer álbum, estamos falando de "The Devil Strikes Again" o vigésimo segundo álbum, este que chega em formato duplo (o segundo disco conta com alguns covers e mais três composições próprias) total de setenta e três minutos de bom Metal. Nítido a influência de Motorhead, já desde o principio por ter um vocalista que ao mesmo tempo toca contra-baixo e após ouvir os vocais fortes e as boas pegadas groovadas do instrumento dão a certeza, é uma banda "da escola" do lendário Lemmy Kilmister.

As músicas tem um desenvolvimento brilhante e inteligente, conseguem atingir um auge que poucos conseguem, principalmente em seus anti-refrões, aonde conseguem fazer uma chamada fantástica para dar ênfase ao refrão. Os bons solos de guitarra arrepiam e o timbre da bateria junto da sua linha muito bem encaixada, dão o peso necessário para um Heavy Metal clássico e puro, aonde pouquíssimos álbuns ultimamente tem explorado, já que muitos artistas não seguem mais um determinado padrão de composição, mas não para o Rage, de certa forma da para se imaginar como este disco foi planejado, acertando meros detalhes que aparentariam ser dispensáveis, mas não para Peavy Wagner e companhia.

Temos um álbum repleto de boas surpresas, vocais fortes lembrando certas vezes a boa banda de Speed Rock, The Carburators e claro, Motorhead. Certamente é um disco que entrará para a minha playlist e apresentarei a muitos, sonoridade madura, super bem planejada, técnica e harmônica, pode se dizer que Peavy Wagner tirou boas lições do álbum "Trapped" lançado em 1992, aonde a banda misturou Heavy Metal com música clássica, gravando o mesmo na República Tcheca, tendo apoio de uma orquestra local, pois em alguns solos e alguns versos, lembram uma pegada mais clássica com o adicional de um vocal, certamente mais "lírico".

De qualquer forma, vale o play. Álbum que ninguém se arrependerá de ouvir e adquirir o trabalho físico deste, pois é uma banda sensacional o qual voltarei a pesquisar mais afundo, pois acaba de me encantar novamente, que disco meus amigos, sensacional.

Ah tempo de mencionar o disco bônus, que traz mais três composições próprias (que mostram grande qualidade e que nada perdem para as apresentadas no disco principal) e três covers ("Slave to the Grind" do Skid Row, "Bravado" do Rush e "Open Fire" do Y T), que soam bem interessantes em versões com a boa e velha cara do Rage.


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Formação:
Peter “Peavy” Wagner (vocais e baixo)
Marcos Rodriguez (guitarra)
Vassilios Maniatopoulos (bateria)

Tracklist:

CD 01:

01. The Devil Strikes Again
02. My Way
03. Back On Track
04. The Final Curtain
05. War
06. Ocean Full Of Tears
07. Deaf, Dumb And Blind
08. Spirits Of The Night
09. Times Of Darkness
10. The Dark Side Of The Sun

CD 02:

01. Bring Me Down
02. Requiem
03. Into The Fire
04. Slave to The Grind
05. Bravado
06. Open Fire

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