Resenha por: Uillian Vargas
Rate: 06/10
Em um universo paralelo, no ano
de nosso senhor de 2054, todos os ritmos pesados se misturam. Se fosse uma
viagem, a rota estabelecida não seria fácil de entender: Pega a via do Metal
Industrial e na primeira saída à direita entra no Splatter, vai até o fim e
entra no Gore. Quando chegar ao Thrash, pega a saída para o Eletronic Funk e
tudo vira um único ritmo embalado pelos sintetizadores eletrônicos. Pois bem,
estamos no final de 2016 e a grande constatação é que, o futuro chegou: Atomic
Factory é a grande prova disso!
Foi através da Sliptrick Records
que a banda lançou o seu Debut, batizado de “Living Dead Groove”. Pra quem
curte novidades e experimentações musicais (e aqui cabe o que a imaginação
conseguir transportar para a realidade) o disco será um prato cheio. Dentre
todas as categorizações passíveis de encaixar a banda, o estilo fluente é o
“DJENT” (mas certamente o grupo passeia pelo Instrumental, Progressivo, Metalcore,
Post Metal e Alternativo tranquilamente).
“Breakfast w/Zombies” abre o
disco com a dignidade de trilha sonora para a série “The Walking Dead”, mais de
3 minutos de tensão audível. Um pouco pelo peso presente na música, outra
parcela atribuída aos samplers e break downs, intencionalmente “nervosos”. Além da criatividade impressionante dos
músicos da banda, o disco conta com várias participações especiais de renome, a
exemplo da faixa “S.O.S.” que traz o baixista Dino Fiorenza. Dino já tocou com
Edu Falaschi em sua tour solo (Fev. 2016) e também esteve ao lado de – ninguém
mais, ninguém menos - Y. Malmsteen. A
faixa número dez revive o grunge, mas com nova roupagem. Trata-se de uma versão
de “Smell like teen Spirit” (Nirvana), porém como se tivesse sido composta pelo
Optimus Prime (líder dos autobots).
Como mencionado anteriormente, o
disco é recheado de participações especiais e a faixa “End Of Abomination”
também traz um convidado especial: Jeff Hughell (atual Six Feet Under e
Reciprocal). Fabiano Andreacchio and The Atomic Factory não nos trouxeram um
disco, mas sim uma pista de decolagem. Aos amantes do instrumental Industrial/Groove,
muito cuidado, pois é bem provável que o álbum fará a sua imaginação voar
longe! Não é um projeto fácil de referenciar, pois existem muitos elementos
distintos unidos sob o mesmo abrigo sonoro, mas poderia arriscar que existe uma
influência perceptível de Kraftwerk, nesta obra. Ainda que o trabalho seja rico
em surpresas, preste atenção nas linhas de baixos, pois com ajuda da
tecnologia, a técnica musical de Fabiano Andreacchio nas cordas, parece
espancar os ouvidos, tamanha agressividade.
Ainda que um disco recheado de
muita técnica, sonoridade e profissionalismo de sobra, não é algo fácil de
digerir na primeira escutada. Para quem já curte o estilo não será complicado,
porém aos amantes da música feita pela velha escola (amantes dos valvulados),
sugiro que nem tentem, pois aqui o foco é a tecnologia e o futuro que está por
vir. Mas confesso que é uma bela oportunidade de mesclar Metal e tecnologia (“Black
Mirror” está aí para mostrar que cada vez mais a tecnologia irá bater a nossa
porta, com mais força).
Conecta aos links da banda e fica
por dentro das novidades especiais que o grupo pode proporcionar!
Tracklist:
01 – Breakfast W/Zombies
02 – I’m Not Dead…Iet
03 – Corpses’ Hill
04 – Splatterhead /Feat. Gabriels
05 – S.O.S / Dino Fiorenza
06 – Hypocrisy
07 – Gangrene /Feat. Brian Maillard
08 –
X-Cape /Feat. Francesco Dall “O”
09 – End Of The Abomination
10 – Smell like a Corpse / Nirvana Cover
11 – Creept Groove / Feat. G. Tomassucci
13 – Hypocrisy – Feat. Francesco Zeta remix
14 - Corpses’ Hill – Smoke Dj remix
15 - End Of The Abomination / Acoustic
LINE-UP
Fabiano Andreacchio- Baixo e
Vocal
Mikahel Shen Raiden- Guitarra
e Backing Vocal
Nicola De Micheli- Bateria
Facebook: https://www.facebook.com/AtomicFactory/
Comentários
Postar um comentário