Resenha - Banda: H.E.A.T - Álbum: Into The Great Unknown (2017 - Shinigami Records)

Resenha por: Renato Sanson


Homogeneidade é algo importante para o desenrolar de um disco, até para poder prender o ouvinte, claro que surpresas são bem-vindas, mas quando vamos do céu ao inferno soa de uma forma um tanto desconexa.

Em seu quinto álbum os suecos do H.E.A.T trazem aquele seu Hard Rock característico e cativante, mas não tão alegre e pomposo como nos trabalhos anteriores, se tem maiores variações e melodias mais frias, porém o contraste de “Into The Great Unknown” é o “Calcanhar de Aquiles”, já que as composições não seguem um padrão.

Do Hard/AOR alegre de  “Bastard of Society” à a quase melancólica “Redefined” soa com certa estranheza, não que as composições em si não tenham qualidade, muito pelo contrário, mas os climas apresentados soam de uma forma não tão singular.

A produção de alto nível continua e os timbres bem postados, já que temos também o contraste de influencias eletrônicas ao decorrer do álbum assim como teclados bem salientes, mas tudo calculado e bem compassado.

Tirando o fato de não ser um álbum homogêneo, “Into The Great Unknown” mostra boas melodias, não tão alegres como de costume, mas que pegam o ouvinte desde a primeira ouvida, e as composições menos melodiosas e com um ar mais obscuro se sobressaem, seja por suas estruturas ou pelos seus momentos grudentos.

Um tanto diferente do que estão acostumados a criar, mas sair de sua zona de conforto é necessário e abrem novos caminhos com toda certeza.


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Formação:
Erik Grönwall - Vocais
Sky Davids - Guitarras
Jona Tee - Teclados
Jimmy Jay - Baixo
Crash - Bateria, percussão

Tracklist:
1. Bastard of Society
2. Redefined
3. Shit City
4. Time on Our Side
5. Best of the Broken
6. Eye of the Storm
7. Blind Leads the Blind
8. We Rule
9. Do You Want It?
10. Into The Great Unknown

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